BLASFÊMIA E HOMOSSEXUALISMO
Valter de Oliveira
1. O despudor da cultura da morte.
A Confederação das associações espanholas de defesa dos direitos dos homossexuais (na realidade dos gays, lésbicas, transexuais e bissexuais) de Madri, lançou um “Calendário Laico” que é uma verdadeira bofetada nos católicos e demais cristãos. Nele os santos – e sobretudo Nossa Senhora – aparecem vestidos com trajes de drag queens e adereços sexuais.
O sacrilégio é seguido de uma exigência laicista: seus autores reivindicam que na Espanha laica os feriados santos sejam substituídos por eventos sociais, e que o dia do Natal passe a ser o dia da democracia. (1)
Como se vê – e já comentamos aqui no blog – a mentalidade jacobina da Revolução Francesa, que eliminou o calendário cristão – está mais viva do que nunca. Cada vez mais ousada e totalitária. E nós, cristãos, infelizmente, cada vez mais passivos.
2. Necessidade de Reparação
Diante de tanta sordidez muita coisa temos que fazer. Primeiro, reparação. Deus está sendo barbaramente ofendido. Segundo, rezar mais, porque a luta em defesa da fé e do bem está exigindo cada vez mais de nós. Terceiro, atuar: somos cidadãos e temos que fazer valer nossos direitos. Temos que exigir punição para todos aqueles que não sabem respeitar o próximo. Punição para os falsos defensores do pluralismo democrático que só pensam em impor a degradação humana. Temos elementos legais de sobejo para isso. É só usá-los. E não é só direito nosso. É um dever. Dos leigos, e, principalmente, da Hierarquia Católica. (2) e (5)
3. O processo da cultura da morte
Há quem pense que a cultura da morte seja, apenas, aquela que defende o aborto, a eutanásia, e outros atos que negam e violam a vida humana. É bem mais que isso. É um processo que pretende endeusar o homem rejeitando toda nossa ligação e dependência de um Deus Criador. O que implica na recusa e no ódio à lei natural e divina.
Eis o que nos diz a respeito Gonzalo Redondo, no tomo XIII da História Universal da Universidade de Navarra: (3)
“O neomarxismo recolhe o tema da libertação total do homem; um tema herdado da Ilustração. (...) que entende que a vulgar oposição proletários/capitalistas deve ser substituída pela do saber/poder”.
Depois de explicar que isso vai ser defendido especialmente pela Escola marxista de Frankfurt, Redondo diz que, graças a ela “se produziu a integração do marxismo e do freudismo no âmbito da psicologia social. Aceitaram-se as técnicas da psicoanálise com um fim político: promover a revolução através da transformação da consciência moral e da estrutura da personalidade do indivíduo. A libertação sexual se converteu em um elemento da propaganda e das técnicas subversivas.”
“O homem chave desta postura dentro da escola de Frankfurt foi Wilhelm Reich (1897-1957), um médico psicoanalista, amigo de Freud e Fromm. (...) optou por uma antropologia que implicava o rechaço de toda moral sexual repressiva. Para Reich a sexualidade (...) não necessitava o controle de nenhuma moralidade. Conseqüências lógicas desta opção antropológica eram a defesa da homossexualidade e do amor livre e o menosprezo do matrimônio e de seu caráter indissolúvel.”
A unidade dos marxistas na luta pela cultura da morte é claramente apontada por Gonzalo Redondo quando nos diz que “a política defendida pelo Deutscher Reichsverband für Proletarische Sexual-Politik, uma organização cultural do partido comunista alemão, (...) militou em defesa da legalização do aborto e da tolerância pública da homossexualidade, e que preconizava uma liberação da legislação sobre o divórcio, a venda de contraceptivos, a educação sexual nas escolas, assim como a organização oficial e gratuita da planificação familiar.”
Como se vê a bandeira marxista de 1930 virou moeda corrente. Hoje as idéias de Reich são aceitas tranquilamente pelos mais variados partidos. Só se muda a radicalidade dos projetos.
Isso não é dito apenas por seus críticos. É dito e defendido por eles mesmos. E não é de hoje. A literatura marxista sobre o assunto é enorme. Os partidos, ONGs e movimentos sociais que a propagam não escondem isso de ninguém. Basta querer se informar.(4)
4. A ingenuidade cristã
O que aqui foi dito não é de domínio do grande público. Este é simplesmente a vítima do processo marxista feito em conluio com os laicistas liberais. O que não implica em dizer que não tenham nenhuma responsabilidade pelo crescimento da maré materialista neo-pagã.
A tática marxista é de conhecimento da intelectualidade católica; leiga e clerical. Intelectualidade da qual amplos setores devem ser responsabilizados por omissão ou conivência. Ou ingenuidade.
Ingenuidade, por exemplo, em aceitar o jogo do adversário. Em não perceber que ele manipula e muda o significado de palavras e expressões como dignidade, direitos humanos, liberdade, igualdade, democracia, cidadania. Em não ter sagacidade para perceber que os neo-marxistas, ao sugerir “descriminalizações”, só queriam “companheiros de viagem” para mudar as leis e implantar a cultura da morte.
Pena que os pseudo-otimistas não percebam.
Notas:
1. Conforme noticiado pela mídia o presidente Lula não aceitou colocar no acordo feito com a Santa Sé a manutenção do Natal como feriado...
2. A ousadia da cultura da morte não se limita àquela que já foi a gloriosa Espanha. É um processo mundial. No Brasil mesmo a parada gay tem usado e abusado da blasfêmia. A mídia não destaca muito. E os cristãos estão preocupados com outras coisas...
3. REDONDO, Gonzalo. História Universal, tomo XIII, Las Libertades y las Democracias, Ediciones Universidad de Navarra (EUNSA), Pamplona, 1989.págs 63,64.
4. Artigo do site do PSTU, de um professor da USP, confirma totalmente o que é dito pelo livro da Universidade de Navarra. Vamos comenta-lo em próximo artigo.
O sacrilégio é seguido de uma exigência laicista: seus autores reivindicam que na Espanha laica os feriados santos sejam substituídos por eventos sociais, e que o dia do Natal passe a ser o dia da democracia. (1)
Como se vê – e já comentamos aqui no blog – a mentalidade jacobina da Revolução Francesa, que eliminou o calendário cristão – está mais viva do que nunca. Cada vez mais ousada e totalitária. E nós, cristãos, infelizmente, cada vez mais passivos.
2. Necessidade de Reparação
Diante de tanta sordidez muita coisa temos que fazer. Primeiro, reparação. Deus está sendo barbaramente ofendido. Segundo, rezar mais, porque a luta em defesa da fé e do bem está exigindo cada vez mais de nós. Terceiro, atuar: somos cidadãos e temos que fazer valer nossos direitos. Temos que exigir punição para todos aqueles que não sabem respeitar o próximo. Punição para os falsos defensores do pluralismo democrático que só pensam em impor a degradação humana. Temos elementos legais de sobejo para isso. É só usá-los. E não é só direito nosso. É um dever. Dos leigos, e, principalmente, da Hierarquia Católica. (2) e (5)
3. O processo da cultura da morte
Há quem pense que a cultura da morte seja, apenas, aquela que defende o aborto, a eutanásia, e outros atos que negam e violam a vida humana. É bem mais que isso. É um processo que pretende endeusar o homem rejeitando toda nossa ligação e dependência de um Deus Criador. O que implica na recusa e no ódio à lei natural e divina.
Eis o que nos diz a respeito Gonzalo Redondo, no tomo XIII da História Universal da Universidade de Navarra: (3)
“O neomarxismo recolhe o tema da libertação total do homem; um tema herdado da Ilustração. (...) que entende que a vulgar oposição proletários/capitalistas deve ser substituída pela do saber/poder”.
Depois de explicar que isso vai ser defendido especialmente pela Escola marxista de Frankfurt, Redondo diz que, graças a ela “se produziu a integração do marxismo e do freudismo no âmbito da psicologia social. Aceitaram-se as técnicas da psicoanálise com um fim político: promover a revolução através da transformação da consciência moral e da estrutura da personalidade do indivíduo. A libertação sexual se converteu em um elemento da propaganda e das técnicas subversivas.”
“O homem chave desta postura dentro da escola de Frankfurt foi Wilhelm Reich (1897-1957), um médico psicoanalista, amigo de Freud e Fromm. (...) optou por uma antropologia que implicava o rechaço de toda moral sexual repressiva. Para Reich a sexualidade (...) não necessitava o controle de nenhuma moralidade. Conseqüências lógicas desta opção antropológica eram a defesa da homossexualidade e do amor livre e o menosprezo do matrimônio e de seu caráter indissolúvel.”
A unidade dos marxistas na luta pela cultura da morte é claramente apontada por Gonzalo Redondo quando nos diz que “a política defendida pelo Deutscher Reichsverband für Proletarische Sexual-Politik, uma organização cultural do partido comunista alemão, (...) militou em defesa da legalização do aborto e da tolerância pública da homossexualidade, e que preconizava uma liberação da legislação sobre o divórcio, a venda de contraceptivos, a educação sexual nas escolas, assim como a organização oficial e gratuita da planificação familiar.”
Como se vê a bandeira marxista de 1930 virou moeda corrente. Hoje as idéias de Reich são aceitas tranquilamente pelos mais variados partidos. Só se muda a radicalidade dos projetos.
Isso não é dito apenas por seus críticos. É dito e defendido por eles mesmos. E não é de hoje. A literatura marxista sobre o assunto é enorme. Os partidos, ONGs e movimentos sociais que a propagam não escondem isso de ninguém. Basta querer se informar.(4)
4. A ingenuidade cristã
O que aqui foi dito não é de domínio do grande público. Este é simplesmente a vítima do processo marxista feito em conluio com os laicistas liberais. O que não implica em dizer que não tenham nenhuma responsabilidade pelo crescimento da maré materialista neo-pagã.
A tática marxista é de conhecimento da intelectualidade católica; leiga e clerical. Intelectualidade da qual amplos setores devem ser responsabilizados por omissão ou conivência. Ou ingenuidade.
Ingenuidade, por exemplo, em aceitar o jogo do adversário. Em não perceber que ele manipula e muda o significado de palavras e expressões como dignidade, direitos humanos, liberdade, igualdade, democracia, cidadania. Em não ter sagacidade para perceber que os neo-marxistas, ao sugerir “descriminalizações”, só queriam “companheiros de viagem” para mudar as leis e implantar a cultura da morte.
Pena que os pseudo-otimistas não percebam.
Notas:
1. Conforme noticiado pela mídia o presidente Lula não aceitou colocar no acordo feito com a Santa Sé a manutenção do Natal como feriado...
2. A ousadia da cultura da morte não se limita àquela que já foi a gloriosa Espanha. É um processo mundial. No Brasil mesmo a parada gay tem usado e abusado da blasfêmia. A mídia não destaca muito. E os cristãos estão preocupados com outras coisas...
3. REDONDO, Gonzalo. História Universal, tomo XIII, Las Libertades y las Democracias, Ediciones Universidad de Navarra (EUNSA), Pamplona, 1989.págs 63,64.
4. Artigo do site do PSTU, de um professor da USP, confirma totalmente o que é dito pelo livro da Universidade de Navarra. Vamos comenta-lo em próximo artigo.
5. Notícia de "O Estado de São Paulo" afirma que "Alguns fiéis já se sentem ofendidos. O grupo católico Religião e Liberdade, disse à BBC Brasil que o calendário é uma "ofensa clara e inconstitucional".
Citando o Código Penal, o vice-presidente da associação, Raúl Mayoral, alega que a publicação vulnera o artigo que prevê penas de oito a doze meses de prisão para quem ofenda os sentimentos dos membros de uma confissão religiosa.
Para os representantes da Plataforma Hazte oír (Faz-te ouvir), uma das organizadoras dos protestos nas ruas de Madri contra o aborto e contra o casamento entre gays, o calendário laico ataca os ícones e valores católicos, mas não surpreende.
"Estamos fartos de ver estes tipos de agressões. Essa inquisição rosa é constante porque os homossexuais espanhóis aproveitam qualquer oportunidade para soltar qualquer barbaridade em nome da liberdade de expressão", disse à BBC Brasil Nicolás Susena, coordenador da plataforma.
"Depois de ver cartazes na parada do orgulho gay com fotos do Papa Bento XVI e a frase 'cuidado com o pastor alemão' o que vamos esperar desta gente? É revoltante e me dá vergonha de ser espanhol numa sociedade deste nível." (O Estado de São Paulo, 19 de outubro de 2009)
Citando o Código Penal, o vice-presidente da associação, Raúl Mayoral, alega que a publicação vulnera o artigo que prevê penas de oito a doze meses de prisão para quem ofenda os sentimentos dos membros de uma confissão religiosa.
Para os representantes da Plataforma Hazte oír (Faz-te ouvir), uma das organizadoras dos protestos nas ruas de Madri contra o aborto e contra o casamento entre gays, o calendário laico ataca os ícones e valores católicos, mas não surpreende.
"Estamos fartos de ver estes tipos de agressões. Essa inquisição rosa é constante porque os homossexuais espanhóis aproveitam qualquer oportunidade para soltar qualquer barbaridade em nome da liberdade de expressão", disse à BBC Brasil Nicolás Susena, coordenador da plataforma.
"Depois de ver cartazes na parada do orgulho gay com fotos do Papa Bento XVI e a frase 'cuidado com o pastor alemão' o que vamos esperar desta gente? É revoltante e me dá vergonha de ser espanhol numa sociedade deste nível." (O Estado de São Paulo, 19 de outubro de 2009)
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