Valter de Oliveira
ANO DE 1967. Estávamos já na época do diálogo e do ecumenismo. Centenário da Faculdade de Teologia da Igreja metodista do Brasil, em Santo André, São Paulo. Os 21 integrantes da nova turma de pastores tinham que escolher um paraninfo para sua formatura que simbolizasse bem a nova maneira de encorajar a religião e a sociedade temporal. Não foi difícil encontrar o homem adequado, então sempre nas primeiras páginas dos jornais, famoso, viajado, controvertido. Seu nome: D. Helder Câmara, Arcebispo de Olinda e Recife. Os pastores o elegeram por unanimidade, a fim de expressar o ecumenismo e “a perfeita identificação dos protestantes com os católicos na nova maneira de encarar a missão social dos religiosos”
No dia da cerimônia D. Helder iniciou seu discurso com a seguinte oração:
“Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pai da Misericórdia e Deus de toda consolação. Bendito seja, pela alegria desta noite impensável para vós e para nós, anos atrás”.
O Arcebispo vermelho finalizou seu discurso dizendo: “Se Deus permitisse que Lutero nos aparecesse agora e nos falasse, certamente nos diria que para ser digna de Cristo, para viver a responsabilidade e a alegria de ser cristã, e poder efetivamente ajudar a humanidade, a Igreja precisa não apenas de uma Reforma, realizada de uma vez e para sempre, mas de uma Reforma permanente, de todos os dias, todas as horas e todos os instantes” (cf. “O Estado de São Paulo” de 12 de dezembro de 1967).
Lutero, apóstata e herege, aconselhando a Igreja infalível! Palavras estranhas nos lábios de um bispo católico e, realmente impensáveis para nós, anos atrás!… De onde essa mudança? Teria a Igreja errado ao condenar Lutero?
“Sim, dirá um progressista, errou. Ela não soube conquistar os reformadores, pois só sabia condenar e excomungar. E Lutero, no fundo era um bom homem, bem intencionado e humilde, que se escandalizara com o triunfalismo da Igreja e com os abusos do Clero da época. Resultado: foi mal compreendido. Se houvesse naqueles tempos homens como D. Helder, arejados, evoluídos, abertos ao diálogo, talvez tudo tivesse sido diferente. Mas agora, o que fazer? Nada. A não ser a Igreja se penitenciar de sua intolerância, rezar Missa por Lutero, como fizeram vários bispos, por ocasião do 450º aniversário da eclosão da Reforma e admitir os valores do protestantismo”.
“A Igreja errou”; “Lutero era um homem bem intencionado”. Consultemos a História, vejamos os documentos. Leiamos as próprias palavras do reformador. Julgue o leitor depois se, como diz D. Helder, O Corpo Místico de Cristo necessita aprender algo com o irrequieto ex-monge de Wittemberg.
Um juízo humilde sobre si mesmo
- “Desde há milhares de anos, diz Lutero, Deus não deu a nenhum bispo atributos tão grandes quanto a mim. Não nos devemos sentir felizes com os favores de Deus? Também eu próprio me detesto por não ter extraído de tudo isso grande alegria” (FB 241) (*).
- “Muito embora a Igreja, Agostinho e os outros doutores, Pedro e Apolo e até um anjo do Céu ensinem o contrário, minha doutrina é tal que só ela engrandece a graça e a glória de Deus e condena a justiça de todos os homens na sua sabedoria” (LF 179).
-“Quem não crê como eu é destinado ao inferno. Minha doutrina e a doutrina de Deus são a mesma coisa. Meu juízo é o juízo de Deus”. “Tenho certeza de que meus dogmas vêm do céu”. (LF 179).
Livre exame, sem dúvida…
Sê pecador e peca firmemente
Para Lutero, os mandamentos eram inúteis para a salvação. Podiam até ser nocivos: “A lei não pode dar senão a morte. Ela não é boa nem útil, mas simplesmente nociva (…) No fundo, ela não é senão morte e veneno”(DTC 1242). “A lei foi ab-rogada (…) porque, mesmo não cumprida, ela não condena(DTC 1249).
Por sua negação da Lei, o reformador dizia de Moisés: “Quanto a Moisés, tende-o por suspeito, como o pior dos heréticos, um homem excomungado e danado, que é pior ainda que o Papa e pior que o próprio diabo; é o inimigo do Senhor Jesus Cristo” (Rohr. 147). “Não aceitamos Moisés, ele só é bom para os judeus; não nos foi enviado por Deus” (FB 190).
E ainda: “Se te falam de Moisés para te constranger a aceitar-lhe os mandamentos, responde-lhes atrevidamente:
- “Vai falar de teu Moisés aos judeus! Não sou judeu, deixa-me em paz” (FB 190).
Compreende-se assim a vida dissoluta que o ex-monge agostiniano levava, bem como os conselhos que dava.
Jerônimo Weller, seu amigo, era vítima de frequentes ataques de melancolia. Em julho de 1530, recebeu do Dr. Lutero uma receita “medicinal e espiritual”:
- Quando o diabo te vexar com estes pensamentos, conversa com os amigos, bebe mais largamente, joga, brinca, ou ocupa-te em alguma coisa. De quando em quando se deve beber com mais abundância, jogar, divertir-se, e mesmo fazer algum pecado em ódio e acinte ao diabo para não lhe darmos azo de perturbar a consciência com ninharias… Quando te disser o diabo: não bebas, responde-lhe: por isso mesmo que me proíbes, hei de beber e em nome de Jesus Cristo beberei mais copiosamente… Por que pensas que eu bebo, assim, com mais largueza, cavaqueio com mais liberdade e banqueteio-me com mais frequência, senão para vexar e ridicularizar o demônio que me quer vexar e ridicularizar a mim?… Todo o decálogo se nos deve apagar dos olhos e da alma; a nós, tão perseguidos e molestados pelo diabo”. (LF 187).
Veja-se ainda esta carta a Melanchton, de 1º de agosto de 1521:
- “Sê pecador e peca firmemente, mas com mais firmeza ainda crê e alegra-te em Cristo, vencedor do pecado e da morte e do mundo. Durante a vida devemos pecar bastante. Basta que pela misericórdia de Deus conheçamos o cordeiro que tira os pecados do mundo. Dele não nos há de separar o pecado, ainda que em um dia, cometêssemos mil fornicações e mil homicídios” (DTC 1247).
Um homem de boa fé e coerência
Após a famosa questão das indulgências, em 1517, Lutero, ainda não excomungado, continuava protestando sua fidelidade à Igreja. Em 1519 escreve:
- “Confesso plenamente o supremo poder da Igreja Romana: fora de Jesus Cristo, Senhor Nosso, nada no céu e na terra se lhe deve preferir”. “É a predileta de Deus; não pode haver razão alguma, por mais grave, que autorize a quem quer que seja apartar-se dela e, com o cisma, separar-se da sua unidade” (LF 181). Porém, no ano seguinte, dirá que a Igreja é uma licenciosa espelunca de ladrões, o mais impudente dos lupanares (*), o reino do pecado, da morte e do inferno”. (LF 181)
Filipe de Hesse e sua esposa Christina |
Lutero e mais alguns reformadores – Melanchton e Bucer – permitiram a bigamia do Landgrave Filipe de Hesse, desde que o segundo casamento ficasse em segredo. Quando o caso se propagou o Landgrave (*) quis publicar o documento de autorização do matrimônio; Lutero tentou impedir a todo transe a publicação, alegando ter sido um “conselho de confissão” (Beichtrat)”; por sua própria natureza devia permanecer secreto. Ameaçou o Landgrave, lembrando-lhe os editos imperiais contra os bígamos.
Margarete de Saale - a segunda esposa de Filipe de Hesse |
-“Quanto a mim, saberei tirar-me do embaraço – Deus virá em meu auxílio – deixando Vossa Graça se atolar”.
Filipe, amedrontado (a bigamia era punida com a morte), achou por bem guardar o “conselho de confissão”, que não virá à luz senão um século mais tarde.
Aos íntimos Lutero dirá gracejando:
-“Bah! Que fazem os papistas? Matam as pessoas; nós criamos vidas desposando duas mulheres de uma só vez” (FB 214). Afinal, “que mal haveria em um homem, para levar a cabo coisas boas e para o bem da Igreja cristã (leia-se luterana), dizer uma boa e grossa mentira?” (Espasa, Lutero, 875).
Vemos também a honestidade de Lutero na sua tradução da Bíblia. São Paulo escreve:
“Nós, os justos, somos justificados pela Fé”. Na tradução o reformador acrescentou a palavra “só”, o que implicava na não necessidade das boas obras. Como seus amigos se mostrassem admirados, pois essa palavra não se encontra nem no texto latino, nem no grego, Lutero escreveu a um deles:
- “Parece que vós estáveis surpresos de que eu tenha dito que nós somos justificados pela fé só, já que essa palavra não se acha no texto do apóstolo. Se vosso papista vos chicana por causa dessa palavra, dizei a ele que um papista e um asno são uma só coisa. Toda a razão que tenho a dar a esta adição, é que eu quero que a palavra “só” aí esteja,; eu o ordeno, minha vontade deve servir de razão” (Rohr 146-147).
(…)
Colóquios com o diabo
As manifestações diabólicas de Wartburgo ficaram célebres na vida do ex-monge agostiniano, mas não eram novidade. Ele mesmo dizia: “Conheço o diabo a fundo, de pensamento e de aspecto, tendo comido em sua companhia mais de uma pipa de sal”. Em seus últimos anos irá declarar: “O diabo dormiu ao meu lado, em minha cama, mais vezes do que minha mulher” (FB 117).
- “Às vezes – escreve o historiador protestante Funck Brentano – o reformador tinha com o Espírito do Mal longas conversas; dava-lhe ouvidos aos argumentos. Aconteceu deixar-se convencer por eles. Por sua própria confissão, esta e aquela parte de sua doutrina, nascem dessas infernais discussões” (FB 123).
Nicola anotou, em suas Prevenções legítimas contra os calvinistas: “Nunca houve ninguém, a não ser Lutero, que se tivesse gabado, numa obra impressa, de ter tido uma longa conferência com o diabo; que se tinha convencido de suas razões de que as missas privadas eram um abuso, e que era esse o motivo que o tinha levado a aboli-las” (FB 124).
Liberdade, liberdade…
Costuma-se dizer que um dos bens que a Reforma trouxe, foi – graças ao princípio do livre exame – a tolerância. Por esta razão, Lutero se indignara contra a Inquisição, exclamando: - “Queimar os hereges é contra a vontade do Espírito Santo”. “Não se deve obrigar ninguém a crer, escrevia em 1527, nem expulsá-lo pela incredulidade, por lei “ou constrangimento”; Cristo só quer servos benévolos” (FB 203 e 206).
Mais uma vez, consultemos a História.
Carlstadt – herege e apóstata, ex-Arcediago na colegiada de Wittemberg – que divergia de Lutero na questão da Eucaristia, foi perseguido e expulso da Saxônia por decreto obtido pelo reformador de Wittemberg. Não o readmitiu senão com a promessa de não defender em público, por palavras ou por escrito, suas opiniões. Por não cumprir a palavra, Carlstadt foi de novo perseguido e fugiu. Lutero lamentou a misericórdia dos príncipes nessa ocasião: -“Em outros reinos ele evitou promover distúrbios com sua impertinências, pois poderiam fazer-lhes dançar a cabeça, como as de seus discípulos, com uma clara lâmina de aço. Os príncipes de Saxe foram demasiado pacientes com esse miolo virado. Se tivessem sabido manejar mais prontamente o gládio, o espírito de Deus sentir-se-ia melhor”. (FB 206).
Naturalmente, o papa de Wittemberg restabeleceu a excomunhão. Quanto aos obstinados, diz Lutero, “que vão para o diabo”. Depois de mortos serão jogados no monturo. Aqueles mesmos que não têm fé devem ser obrigados a assistir aos sermões. Monges, curas e todos os tonsurados devem ser degolados: “Eu mesmo me ocuparei da missão, bandos de patifes, que não são bons senão para desaparecer”. Lutero chegou a instituir visitadores, inquisidores que penetravam nas famílias a fim de se informar se tudo se passava conforme suas prescrições (FB 204).
-“Senta-te, pois, no trono pontifício!” – grita-lhe um desses dissidentes, chamado Ickelsamer – “tu que não queres ouvir cantar senão tua própria canção!” Ao que Lutero respondia: -“Nós reivindicamos o governo das consciências e não queremos deixar-nos espoliar” (FB 205).
“Não se deve obrigar ninguém a crer”… “Cristo só quer servos benévolos”…
“Amor” aos camponeses
Na Europa, a Igreja desempenhou um árduo trabalho de formação, que lhe exigiu o sangue de inúmeros mártires, dulcificando os costumes, aproveitando as qualidades dos bárbaros e dos romanos, e extirpando os defeitos de ambos. Nascia assim a Idade Média, que Montalembert chamou “a doce primavera da Fé”. Foi na Europa medieval que se conheceu, pela primeira vez na História, um continente inteiro sem escravidão.
Com a Pseudo-Reforma e a Renascença, ensinou-se que o povo era sacerdote, que o homem era o centro de tudo. A Revolução nascente prometia liberdade. Contudo, como já vimos, o que se fez foi destruí-la e restaurar a barbárie do paganismo. A este respeito Lutero dirá:
-“A servidão deve ser restabelecida tal como existia entre os judeus”. “Eu sou o maior inimigo de todos os camponeses”, “eles são brutos”, apenas a miséria pode impedi-los de se conduzirem como animais ferozes” (FB 164).
D. Helder aceitaria este conselho para o Nordeste?
Quando Tomás Munzer – que consequente com as doutrinas luteranas, pregava um comunismo religioso – agitou o povo no campo, Lutero ficou indignado. A 6 de maio de 1525 publicou seu terrível panfleto “Contra as hordas homicidas e bandoleiras dos camponeses”.
-“Vamos, mãos à obra! Matar um revoltado não é cometer um assassínio, mas ajudar a extinguir um incêndio. Também não se trata de ir de mãos vazias. Esmagai! Degolai! Trespassai de todo modo! Matar um revoltoso é abater um cão danado”. E em outra ocasião: “Também em circunstâncias semelhantes não é o próprio Deus que, por nossas mãos, enforca, tortura, fulmina e decapita?” (FB 162)
Lutero costumava conversar à mesa (***) com seus amigos que anotavam frases como estas: “Um camponês cristão não é mais que uma ferradura de madeira”. “Um camponês é um porco, pois quando se mata um porco ele fica morto” (FB 165).
-“Grande benção de Deus, dizia contemplando o filho, esses brutos camponeses não são dignos disso, não lhes deviam nascer senão porcos” (FB 165).
Isto pode ser amor a Deus?
Martinho Lutero pregando no Castelo Wartburg |
Fiel à sua fórmula tão abominável quanto famosa: “Crede firmiter, et pecca fortiter, peccandum est quandium vivimus”, diz: “Uma prostituta será mais facilmente salva que um santo, porque o santo é impedido por suas obras de ter o desejo da graça”. Considera que “São Tomás não é senão um aborto teológico como tantos outros. É um poço de erros, um “pot-pourri” de mentiras e de heresias que aniquilam o Evangelho”; os santos “uma raça de porcos de Epicuro, bêbados, libertinos, cães que afundam seus pés no sangue”; os pregadores católicos “uma raça de insetos nojentos” (Barbier 14-15). Contra a Igreja a linguagem é simplesmente obscena. Sobre religião diz: “Embora nenhuma seja mais extravagante do que a religião cristã, creio em um só judeu, em Jesus Cristo, filho de Deus” (FB 189).
Mas é exatamente do Homem-Deus que Lutero diz blasfêmias tão abomináveis que não as podemos reproduzir (FB 169 e 186).
Segue aqui a parte que não foi reproduzida no artigo original.
Lutero afirma que crê em Cristo mas é a Ele que faz as seguintes acusações:
“Pensais sem dúvida que o beberrão Cristo, tendo bebido demais na ceia, aturdiu os discípulos com uma vã tagarelice?” (FB 169).
-“Cristo, diz Lutero, cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: “Que fez, então, com ela?” Depois com Madalena, depois com a mulher adúltera que Ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve de fornicar, antes de morrer” (Propos de Table 1472). Diz Funck Brentano: “Livres pensadores, ateus, a quem citamos a passagem, assombraram-se”.
Tendo sido censurado pelo Dr. Jones, seu amigo, por ter insultado Deus em seu salmo “Quae fremuerunt gentes”, Lutero respondeu:
-“Certamente, mas qual foi o profeta que não insultou Deus”? (Propos de Table 2505 B – FB 186).
O pai do comunismo
Estes são apenas alguns traços do caráter do ex-monge apóstata que procurou dilacerar a túnica inconsútil da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.
O veneno de suas doutrinas penetrou em tudo: política, economia, moral, filosofia, arte. A cultura decaiu, os costumes se corromperam, a Cristandade se dividiu. Depois, outros homens Iluminados por Deus, levaram mais longe ainda os princípios de Lutero: “O comunismo aparece com toda sua força e com um caráter prático associacionista na seita dos anabatistas, derivada dos princípios expostos por Lutero; de modo que se pode dizer que o protestantismo foi o pai do comunismo” (Espasa, Socialismo, 1123).
No seio da Igreja, o protestantismo tentou penetrar várias vezes. Primeiro com o Jansenismo, depois, condenado este, com o americanismo e o modernismo. E o progressismo de hoje, especialmente em seu aspecto teológico e litúrgico, está profundamente influenciado pelo protestantismo.
Em suma, os dois maiores erros de nossos dias, a seita progressista e sua irmã siamesa no campo temporal, a doutrina marxista, são as últimas fases do processo revolucionário que começou com Martinho Lutero.
Talvez assim o leitor compreenda o porquê de certos elogios ao incompreendido monge alemão do século XVI.
É que o semelhante agrada ao semelhante.
OBRAS CITADAS
(*) As letras indicam o autor; o número indica a página citada.
FB – Funck BRENTANO – “Martim Lutero” , Casa Editora Vechi, Rio de Janeiro, 3ª edição, 1968.
LF - Pe. Leonel FRANCA, S.J. – “A Igreja, a Reforma e a Civilização”, Editora Agir, Rio de Janeiro, 7ª edição, 1958.
DTC - “Dictionnaire de Theologie Catholique”, Librairie Paris, 1926, verbete “Lutero”.
Rohr - Abbé ROHRBACHER – Histoire Universelle de L’Église Catholique”, Gaume Frères et J. Duprey, Editeurs, Paris, Tomo XII, 4ª edição, 1866.
Espasa - “Enciclopédia Universal Ilustrada Espasa-Calpe”, Madri-Barcelona, verbetes “Lutero” e “Socialismo”.
Barbier - Abbé Emmanuel BARBIER – “Histoire Populaire de L’Église”, Librairie P. Lethielleux, Editeur, Paris, III partie, 1922.
Bom artigo para reiniciar o blog.
ResponderExcluirViva Dom Helder!
ResponderExcluirQue Deus o abençoe!