domingo, 17 de janeiro de 2021

TEMOS DE SER CONTEMPLATIVOS

 


“Nós, os filhos de Deus, temos de ser contemplativos”

Nunca compartilharei a opinião - embora a respeite - dos que separam a oração da vida ativa, como se fossem incompatíveis. Nós, os filhos de Deus, temos de ser contemplativos: pessoas que, no meio do fragor da multidão, sabem encontrar o silêncio da alma em colóquio permanente com o Senhor; e olhá-Lo como se olha para um Pai, como se olha para um Amigo, a quem se ama com loucura. (Forja, 738)

  • riemaNão duvidem, meus filhos; qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de DeusPelo contrário, devem compreende agora — com uma nova clareza — que Deus os chama a servi-Lo em e a partir das tarefas civis, materiais, seculares da vida humana. Deus nos espera cada dia: no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no seio do lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Não esqueçamos nunca: há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir. 

Não duvidem, meus filhos; qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus. 

Pelo contrário, devem compreende agora — com uma nova clareza — que Deus os chama a servi-Lo em a partir das tarefas civis, materiais, seculares da vida humana. Deus nos espera cada dia: no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no seio do lar e em todo o imenso panorama do trabalho. Não esqueçamos nunca: há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir. 

Eu costumava dizer àqueles universitários e àqueles operários que me procuravam lá pela década de 30, que tinham de saber materializar a vida espiritual. Queria afastá-los, assim, da tentação, tão frequente nessa época e agora, de levar uma vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenas realidades terrenas. 

Não, meus filhos! Não pode haver uma vida dupla, não podemos ser como esquizofrênicos, se queremos ser cristãos. Há uma única vida, feita de carne e espírito, e essa é que tem de ser — na alma e no corpo — santa e plena de Deus, desse Deus invisível, que nós encontraremos nas coisas mais visíveis e materiais. 

Não há outro caminho, meus filhos: ou sabemos encontrar o Senhor em nossa vida de todos os dias, ou não O encontraremos nunca. Por isso, posso afirmar que nossa época precisa devolver à matéria e às situações aparentemente mais vulgares seu nobre e original sentido: pondo-as ao serviço do Reino de Deus, espiritualizando-as, fazendo delas meio e ocasião para o nosso encontro contínuo com Jesus Cristo. (Questões Atuais do Cristianismo, 114)


FONTE: https://www.opusdei.org/pt-br/dailytext/nos-os-filhos-de-deus-temos-de-ser-contemplativo-2/




quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

IMITAÇÃO DE CRISTO. A PROCURA DA VERDADE

 

DOS ENSINAMENTOS DA VERDADE 





FONTE: Imitação de Cristo. Tomás de Kempis. "Avisos úteis para a vida espiritual". (século XV)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

S. JOSÉ NO EGITO. AS VIRTUDES DO GRANDE SANTO

 


II. DEPOIS DE UMA LONGA e penosa travessia, Maria e José chegaram ao seu novo país. Naquele tempo, viviam no Egito muitos israelitas, que formavam pequenas comunidades dedicadas principalmente ao comércio. É de supor que José se tivesse incorporado com a sua Família a uma dessas comunidades, disposto a refazer mais uma vez a sua vida com o pouco que tinham podido levar de Belém. Mas levava consigo o mais importante: Jesus, Maria, e o firme propósito de sustentá-los à custa de todos os sacrifícios do mundo.

São José é para nós exemplo de muitas virtudes: de obediência inteligente e rápida, de fé, de esperança, de laboriosidade. Mas sobretudo de fortaleza, tanto no meio das grandes dificuldades como nessas situações normais pelas quais passa um bom pai de família. Recomeçou a vida como pôde, passando dificuldades, aceitando qualquer trabalho, procurando um lar para Maria e Jesus, e sustentando-os, como sempre, com o trabalho de suas mãos, com uma laboriosidade incansável.

(...)

III. DEPOIS DE UM CERTO TEMPO, uma vez passado o perigo, já nada retinha José naquela terra estranha, mas ali se deixou estar sem outro motivo a não ser o cumprimento fiel da ordem do Anjo:Fica ali até que eu te diga5. E permaneceu no Egito sem se mostrar desgostado nem protestar, sem se intranquilizar, realizando o seu trabalho como se nunca fosse sair dali.

Como é importante saber permanecer onde se deve, ocupar-se nas obrigações de cada momento, sem ceder à tentação de mudar continuamente de lugar! Também para isso é necessária verdadeira fortaleza, de modo a “saborearmos a virtude humana e divina da paciência”6. “É forte quem persevera no cumprimento do que entende dever fazer, segundo a sua consciência; quem não mede o valor de uma tarefa exclusivamente pelos benefícios que recebe, mas pelo serviço que presta aos outros”7.

Devemos pedir a São José que nos ensine a ser fortes não só em situações extraordinárias e difíceis, como são a perseguição, o martírio ou uma doença gravíssima e dolorosa, mas também nos assuntos ordinários de cada dia: pela constância com que trabalhamos, pelo sorriso com que quebramos a vontade de ficar sérios, pela palavra amável e cordial que temos para todos. Necessitamos de fortaleza para não ceder perante o cansaço, o comodismo ou o desejo de tranquilidade, para vencer o medo de cumprir deveres que custam. “O homem teme por natureza o perigo, os aborrecimentos e o sofrimento. Por isso é necessário procurar homens valentes não só nos campos de batalha, mas também nos corredores dos hospitais ou junto ao leito da dor”8; em suma, na tarefa de cada dia.


(Excertos de "Falar com Deus, Francisco Fernández Carvajal, meditação de 07 de janeiro).


sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

SOLENIDADE DA MÃE DE DEUS: MARIA

 CAROS AMIGOS


1º de Janeiro é festa da Solenidade da Mãe de Deus: Maria. Para comemorá-la com vocês achei por bem colocar um vídeo feito por minha esposa Sonia há dez anos, com uma breve apresentação que ela fez no final do ano. Que Maria cumule a todos de muitas graças e lhes dê um Novo Ano pleno de realizações e felicidades com a disposição de continuar com mais generosidade e alegria a luta em prol de um mundo que seja conforme nosso bom Deus. Que seu olhar materno toque a cada um de nós. 

 

Esse vídeo tem uma história bonita em minha família. Meu filho havia montado o vídeo para uma Palestra de Natal que eu daria em 2011. Neste mesmo ano meu pai foi internado e fazíamos turnos para ficar com ele no hospital. No turno do meu filho Paulo ele aproveitou para mostrar o vídeo para meu pai com a finalidade de acalmá-lo e distraí-lo. O vídeo terminava e meu pai pedia para passar novamente. Várias vezes. No dia seguinte ele confessou-se e no outro dia faleceu. Ou melhor, foi ao céu, como eu gosto de dizer, porque foi tão bonito e com uma sequência de fatos tão interessantes que só posso ver uma delicadeza imensa de Deus para com meu pai e conosco também.
Aproveitem o vídeo!!!