TEMOS ESPÍRITO DE PENITÊNCIA?
Talvez porque se perdeu a noção de pecado. E de reparação pelos pecados cometidos. Por nós e pelos outros.
Mas, quais penitências? Quais mortificações? Para quê? Não são coisas que nos fazem fixarmos nosso olhar em nós mesmos? Não passamos a esquecer dos outros?
No passado era comum falarmos de grandes penitências. Pecadores arrependidos tinham como penitência fazer grandes peregrinações, jejuar por dias e até semanas. Flagelar-se...
Era uma via de sacrifício dolorosa. Foi chamada de "Grande Via".
São Josemaría Escrivá, que sempre pregou a santificação no meio do mundo, de certa forma aprofundou a pequena via.
Lembrei-me disso em uma dessas noites ao fazer meu exame de consciência. Vi, mais uma vez, como sou pouco mortificado, como estou longe de ter espírito de penitência. O que traz consequências, desde a vida dominada pela desordem até a quedas na falta de caridade.
Procurei o tema no livro de S. Josemaría: "Amigos de Deus". Nele, entre outras coisas, ele mostra como o cristão deve seguir o "Caminho do Senhor".
No ponto 138, de modo claro, simples, paterno, mostra-nos como devemos ser em nosso dia a dia, em nossa procura pela santificação.
A penitência está em saber compaginar as tuas obrigações relativas a Deus, aos outros e a ti próprio, exigindo-te, de modo que consigas encontrar o tempo necessário para cada coisa. És penitente quando te submetes amorosamente ao teu plano de oração, apesar de estares cansado, sem vontade ou frio.
Penitência é tratar sempre os outros com a maior caridade, começando pelos teus. É atender com a maior delicadeza os que sofrem, os doentes e os que padecem. É responder com paciência aos maçadores e inoportunos. É interromper ou modificar os nossos programas, quando as circunstâncias - sobretudo os interesses bons e justos dos outros - assim o requerem.
A penitência consiste em suportar com bom humor as mil pequenas contrariedades do dia; em não abandonar o trabalho, mesmo que no momento te tenha passado o entusiasmo com que o começaste; em comer com agradecimento o que nos servem, sem caprichos importunos.
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São apenas alguns exemplos, dados pelo grande santo. Mil outras coisas podemos fazer. Por amor a Deus e ao próximo. Para crescer no amor a ambos.Que Santa Teresinha, mestra da Pequena Via, e S. Josemaría Escrivá ajudem a cada um de nós, a mim, a você, a nos santificarmos no dia a dia. Afinal, é só seguindo o Caminho de Cristo que teremos, já nesta terra, uma antecipação da felicidade do Céu. (V.O.)
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