Alguém disse que a alma humana é como uma catedral, cheia de luz e sombras.
Também é dito que na alma de cada um de nós há joio e trigo.
É uma consequência da natureza humana decaída. Temos muitas coisas magníficas e também muita coisa miserável.
Esta última parte deve ser lembrada para lembrar-nos que nada somos sem Deus que, continuamente, também pede que tenhamos uma alma grande.
É neste sentido que colocamos aqui o pensamento de três grandes santos. O objetivo de cada um é convidar-nos à humildade.
NA IDADE MÉDIA
"O que éramos? Nada.
O que somos? Vaso de escórias.
O que seremos? Pasto de vermes".
(São Bernardo de Claraval. 1090-1153).
NA IDADE MODERNA
"Somos naturalmente mais orgulhosos que o pavão, mais presos à terra que o sapo, mais repulsivos que bodes, mais vorazes que as serpentes, mais gulosos que os porcos, mais preguiçosos que tartarugas, mais fracos que capim e mais inconstantes que cata-ventos. Não temos no fundo de nós a não ser vazio e pecado (...)
(São Luis Maria Grignon de Montfort - 1673- 1716.Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria).
EM NOSSA ÉPOCA
259. "A oração é a humildade do homem que reconhece a sua profunda miséria e a grandeza de Deus, a Quem se dirige e adora, de maneira que tudo espera d'Ele e nada de si mesmo.
A fé é a humildade da razão, que renuncia ao seu próprio critério, e se prostra ante os juízos e a autoridade da Igreja.
A obediência é a humildade da vontade, que se sujeita ao querer alheio, por Deus.
A castidade é a humildade da carne, que se submete ao espírito.
A humildade exterior é a humildade dos sentidos.
A penitência é a humildade de todas as paixões, imoladas ao Senhor.
A humildade é a verdade no caminho da luta ascética.
260. Grande coisa é saber-se nada diante de Deus, porque é assim mesmo.
261. "Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração...". Humildade de Jesus!... Que lição para ti, que és um pobre instrumento de barro!. Ele - sempre misericordioso - levantou-te, fazendo brilhar na tua vileza, gratuitamente elevada, os resplendores do sol da graça. E tu, quantas vezes disfarçaste a tua soberba sob a capa de dignidade, de justiça! E quantas ocasiões de aprender do Mestre desaproveitaste, por não teres sabido sobrenaturalizá-las!
(São Josemaría Escrivá, 1902-1975).
Fonte: https://pt.escrivaworks.org/book/sulco-capitulo-8.htm |
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