CRISTO, PEDRO E A BARCA AGITADA
PELAS ONDAS (1)
Lições para enfrentarmos nossas dificuldades. Especialmente nos dias de
hoje.
Cristo fizera um milagre
portentoso: a multiplicação dos pães e dos peixes. Provavelmente os apóstolos
ficaram assombrados e inundados de alegria.
S. Josemaría Escrivá
“Depois de despedir a multidão,
Jesus pediu aos Apóstolos que passassem à outra margem do lago, enquanto Ele
dedicava um tempo à oração” (2)
“Para eles, especialistas como
eram, a travessia não apresentava uma particular dificuldade”. (...)
“Pouco a pouco, a barca foi se afastando da terra,
e chegou um momento em que ficou muito lenta. Quando caiu a noite, já a
boa distância da margem, a barca era agitada pelas ondas, pois o vento era
contrário [3]: não podiam voltar atrás, mas tampouco parecia que
avançavam; tinham a impressão de que as ondas e o vento – as dificuldades –
tinham assumido o controle e o único que lhes restava era tentar manter-se
flutuando”.
“Assustaram-se. Como parecia
longínquo agora o milagre que tinham contemplado poucas horas antes! Se ao
menos o Senhor estivesse com eles…, mas Ele tinha ficado em terra. Sim, tinha
ficado, mas não os tinha deixado sós, não os esquecera: embora eles não o
soubessem, contemplava do monte a sua dificuldade, o seu esforço e a sua fadiga”
[4].
“É fácil que no início da vida
interior se experimente com certa clareza o próprio progresso: aos olhos de
quem começa a adentrar-se no mar, a margem se afasta rapidamente. Passa o tempo
e, embora se continue lutando e avançando, não se percebe de modo tão patente. Sentem-se mais as ondas e o vento, a margem
parece ter ficado fixa num mesmo ponto. É o momento da fé. É o momento de
fomentar a consciência de que o Senhor não se desentendeu de nós. É o momento
de recordar que as dificuldades – o vento e as ondas – formam, inevitavelmente,
parte da vida, dessa existência que temos que santificar e com a qual
lidamos sabendo que estamos muito acompanhados por Jesus Cristo”.
“A experiência da proximidade de Deus e do poder da sua graça não nos
exime da tarefa de enfrentar as dificuldades. Não podemos pretender que a parte sensível dessa
experiência seja permanente; não podemos
pretender que, uma vez que estamos perto de Deus, os problemas não nos pesem.
E tampouco podemos cair no erro de vê-los como uma manifestação de que o Senhor
se afastou de nós, ainda que seja só um pouco e por um breve tempo”.
As dificuldades são precisamente a ocasião de mostrar até que ponto
amamos Deus, até que ponto somos bons, com a aceitação serena dos
inconvenientes que não pudemos ou não soubemos superar”.
Notas: Os destaques em negrito e as partes em
itálico são do blog.
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