Pe. Francisco Faus
Mãe da Divina Graça!
Fazei-nos compreender que as alegrias de Deus,
que ninguém pode tirar,
só podem ser usufruídas
pelas almas que se empenham em viver a sério
a santidade a que Jesus nos chamou:
Sede pois perfeitos,
Como é perfeito vosso Pai que está nos céus.
Fazei-nos entender, Mãe nossa,
que essas alegrias,
intimamente unidas
à paz que o mundo não pode dar,
são fruto do Espírito Santo
-Que é o Amor no seio da Trindade -,
da docilidade à sua Graça, às suas inspirações
e, sobretudo, aos seus sete Dons.
(...)
Por isso Mãe, nós vos pedimos:
- Não permitais que esse fogo se apague.
Livrai-nos do desleixo espiritual,
da moleza consentida,
da displicência nas coisas de Deus,
da piedade formal e do dever rotineiro,
da indiferença para com o próximo,
a convivência disfarçada com as tentações,
do desejo mascarado de tirar uma lasquinha
de cada um dos sete pecados capitais
(...)
Ajudai-nos a entender especialmente, Mãe
- nesta meditação que agora iniciamos -,
que a primeira coisa
que a tibieza "afoga" na alma do cristão
- quando atraiçoamos o Amor
são os sete dons do Espírito Santo.
Os sete Dons, Senhora!
Eles são os sete sopros do Amor da Trindade
que enfunam as velas das almas em Graça
e a dirigem, veloz, para Deus
Elas são as brisas do Céu que,
suave e fortemente
impelem as velas do barco da alma,
sempre que a alma a elas se abra, generosa,
e se deixe guiar, transparente,
como um diamante puro de três faces:
a fé, a esperança e o amor.
Fonte: A tibieza e os dons do Espírito Santo, Faus, Francisco - São Paulo, Quadrante, 2006, p. 8-10.