segunda-feira, 30 de março de 2009

3ª EDIÇÃO DO GRANDE ATO PÚBLICO EM DEFESA DA VIDA


POR UM BRASIL SEM ABORTO


A 3ª edição do "Grande Ato Público" foi organizado pelo "Comitê Estadual do "Movimento Nacional em Defesa da Vida - Brasil sem Aborto", e contou com a participação de várias associações pró-vida.

Após o Hino Nacional, o evento foi aberto pela advogada Marília de Castro, coordenadora estadual do Movimento, perante um público estimado em mais de 10 mil pessoas.

Quem esteve na Praça da Sé, marco da cidade de São Paulo, pôde presenciar todo o entusiasmo dessa gente guerreira que veio de todos os lados: São José dos Campos, Jundiaí, Itu, Caraguatatuba, Guarulhos, Brasília, Maceió e, São Paulo, é claro. Contamos com a presença de várias autoridades e personalidades que lutam pela defesa da vida de inocentes. Entre elas: Dom Odilo, Dom Fernando, Dr. Cícero Harada, Dra. Alice Teixeira, representantes de vários partidos e entidades religiosas, cantores, deputados e os Padres Marcelo e Juarez.

Muitas e muitas páginas seriam necessárias para reproduzir tudo que foi muito bem expresso pelos eminentes oradores. Nesta impossibilidade, faremos aqui apenas um resuminho do que eles disseram para relembrar sobre o andamento do "Projeto de Lei" abortista (PL 1195/91), o qual constitui uma prioridade de governo para a bancada petista.

Padre Marcelo e Dom Fernando

Assim como os anteriores Atos anti-aborto, realizados em São Paulo e em outros Estados, influenciaram na votação da qual resultaram duas derrotas para a bancada abortista, esta terceira manifestação na Praça da Sé poderá ajudar a influenciar o Congresso Nacional para derrotar definitivamente o nefando PL 1195/91.

Dr. Cícero Harada

Primeiramente, no dia 3 de maio de 2008, o projeto abortista foi rejeitado na "Comissão de Seguridade Social e Família" - reprovado por 33 x 0 votos. Depois, no dia 9 de julho do mesmo ano, foi novamente reprovado - desta vez por 57 x 4 - na CCJ da Câmara dos Deputados ("Comissão de Constituição e Justiça"). Nas duas votações, a maioria dos parlamentares pró-aborto, percebendo que seriam derrotados, se retiraram...

Devido à flagrante derrota, deveria o PL 1195/91 ser considerado inconstitucional e arquivado. Entretanto, o deputado (ex-guerrilheiro) José Genoíno, por manobras regimentais, obteve a reabertura do projeto para ser votado no "Plenário da Câmara" - o que poderá ocorrer proximamente.

Se a bancada petista obtiver vitória, PODERÁ SER LEGALIZADO O ABORTO NO BRASIL, EM QUALQUER CASO, E ATÉ O 9º MÊS DE GRAVIDEZ!!! (DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO DO PARTO...). Seria, portanto, a legalização do crime!

Assim sendo, os oradores de um lado conclamaram todos os presentes para demonstrarem o quanto a imensa maioria dos brasileiros não deseja a legalização do aborto, e de outro, a pressionarem os congressistas a votarem contra o "Projeto de Lei" abortista. A causa pela vida poderá assim obter a vitória no plenário da Câmara, apesar das manobras dos deputados e do lobby internacional pró-aborto.

Esses - que pretendem tornar legal a matança de nascituros inocentes - não descansarão enquanto não conseguirem alcançar seu péssimo intento. Não descansemos também nós até conseguirmos a vitória definitiva: impedir a descriminalização do crime do aborto - uma lei assassina!








Na foto acima, a Dra. Alice Teixeira (professora associada de Biofísica da UniFESP/EPM, na área de Biologia celular) usou uma camiseta negra, segundo ela, em sinal de luto pelos milhões de nascituros mortos pelo aborto em nosso País.




Fonte: http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com/

sábado, 28 de março de 2009


"O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo... Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito"

Mario Quintana

quarta-feira, 25 de março de 2009

Tendo em vista os últimos acontecimentos a respeito dos violentos estupros ocorridos no Brasil e pelos ataques que a Igreja Católica vem sofrendo, assim como seus fiéis pastores que lutam pelo direito inviolável à vida de todo inocente, pensamos que seria interessante a leitura do artigo abaixo.




Rebecca Kiessling conta sua história

Eu fui adotada assim que nasci. Aos 18 anos soube que fui concebida a partir de um estupro brutal sob ameaça de faca por um estuprador serial. Assim como a maior parte das pessoas, eu nunca pensei que o assunto do aborto estivesse relacionado à minha vida, mas assim que recebi essa notícia percebi que esse assunto não só está relacionado à minha vida, mas está ligado à minha própria existência. Era como se eu pudesse ouvir os ecos de todas as pessoas que, da forma mais simpática possível, dizem: "Bem, exceto nos caso de estupro..." ou que dizem com veemência e repulsa: "Especialmente nos casos de estupro!!!" Existem muitas pessoas assim por aí. Elas nem sequer me conhecem, mas julgam a minha vida e depressa a descartam só pela forma como fui concebida.

Eu senti como se a partir daquele momento tivesse que justificar minha própria existência, tivesse que provar ao mundo que não deveria ter sido abortada e que eu era digna de viver. Lembro-me também de me sentir como lixo por causa das pessoas que diziam que minha vida era um lixo, que eu era descartável.

Por favor, entenda que quando você se declara "a favor do direito de decidir" ou quando abre a exceção para o estupro, o que isso realmente significa é que você pode olhar nos meus olhos e me dizer "eu acho que sua mãe deveria ter tido a opção de abortar você". Essa é uma afirmação muito forte. Eu jamais diria a alguém: "Se eu tivesse tido a chance, você estaria morta agora". Mas essa é a realidade com a qual eu vivo. Desafio qualquer um a dizer que não é. Não é como se as pessoas dissessem: "Bom, eu sou a favor de leis que dão o direito livre de abortar, menos naquela pequena fresta de oportunidade em 1968/69, para que você, Rebecca, pudesse ter nascido". Não. Essa é a realidade mais cruel desse tipo de opinião e eu posso afirmar que isso machuca e que é uma maldade. Mas sei que muita gente não quer se comprometer nesse assunto. Para eles, é apenas um conceito, um comentário estereotipado que eles varrem para debaixo do tapete e esquecem. Eu realmente espero que, como uma mulher que foi concebida a partir de um estupro, eu possa ajudar a dar um rosto e uma voz a essa questão.

Diversas vezes me deparei com pessoas que me confrontaram e tentaram se desvencilhar dizendo coisas do tipo: "Bem, você teve sorte!". Pode ter certeza de que minha sobrevivência não tem nada a ver com sorte. O fato de eu estar viva hoje tem a ver com as escolhas feitas pela nossa sociedade: pessoas que lutaram para que o aborto fosse ilegal em Michigan naquela época — mesmo em casos de estupro —, pessoas que lutaram para proteger a minha vida e pessoas que votaram a favor da vida. Eu não tive sorte. Fui protegida. E vocês realmente acham que nossos irmãos e irmãs que estão sendo abortados todos os dias simplesmente são "azarados"?

Apesar de minha mãe biológica ter ficado feliz em me conhecer, ela me contou que foi a duas clínicas de aborto clandestinas e que eu quase fui abortada. Depois do estupro, a polícia indicou um conselheiro que simplesmente disse a ela que a melhor opção era abortar. Minha mãe biológica disse que naquela época não havia centros de apoio a grávidas em risco, mas me garantiu que, se houvesse, ela teria ido até lá pelo menos para receber um pouco mais de orientação. O conselheiro foi quem estabeleceu o contato entre ela e os aborteiros clandestinos. Ela disse que a clínica tinha a típica aparência de fundo de quintal, como a gente escuta por aí, e lá "ela poderia ter me abortado de forma segura e legal": sangue e sujeira na mesa e por todo o chão. Essas condições precárias e o fato de ser ilegal levaram-na a recuar, como acontece com a maioria das mulheres.

Depois, ela entrou em contato com um aborteiro que cobrava mais. Dessa vez, ela se encontraria com alguém à noite no Instituto de Arte de Detroit. Alguém iria se aproximar dela, dizer seu nome, vendá-la, colocá-la no banco de trás de um carro, levá-la e então me abortar... Depois iria vendá-la novamente e levá-la de volta. E sabe o que eu acho mais lamentável? É que eu sei que existe um monte de gente por aí que me ouviria contar esses detalhes e que responderia com uma balançada de cabeça em desaprovação: "Seria terrível se sua mãe biológica tivesse tido que passar por tudo isso para conseguir abortar você!". Isso é compaixão?!!! Eu entendo que eles pensem que estão sendo compassivos, mas para mim parece muita frieza de coração, não acha? É sobre a minha vida que eles estão falando de forma tão indiferente e não há nada de compaixão nesse tipo de opinião. Minha mãe biológica está bem, a vida dela continuou e ela está se saindo muito bem, mas eu teria morrido e minha vida estaria acabada. A minha aparência não é a mesma de quando eu tinha quatro anos de idade ou quatro dias de vida, ainda no útero da minha mãe, mas ainda assim era inegavelmente eu e eu teria sido morta em um aborto brutal.

De acordo com a pesquisa do Dr. David Reardon, diretor do Instituto Elliot, co-editor do livro Vítimas e vitimados: falando sobre gravidez, aborto e crianças frutos de agressões sexuais, e autor do artigo "Estupro, incesto e aborto: olhando além dos mitos", a maioria das mulheres que engravidam após uma agressão sexual não quer abortar e de fato fica em pior estado depois de um aborto. (http://www.afterabortion.org.)

Sendo assim, a opinião da maioria das pessoas sobre aborto em casos de estupro é fundamentada em falsas premissas:
1) a vítima de estupro quer abortar;

2) ela vai se sentir melhor depois do aborto;

3) a vida daquela criança não vale o trabalho que dá para suportar uma gravidez. Eu espero que a minha história e as outras postadas nesse site ajudem a acabar com este último mito.

Eu queria poder dizer que minha mãe biológica não queria me abortar, mas de fato ela foi convencida a não fazê-lo. Contudo, o aspecto nojento e o palavreado sujo desse segundo aborteiro clandestino, além do temor de sua própria segurança, levaram-na a recuar. Quando ela lhe contou por telefone que não estava interessada nesse acordo arriscado, esse homem a insultou e a xingou. Para sua surpresa, ele ligou novamente no dia seguinte para tentar convencê-la a me abortar, e mais uma vez ela não quis prosseguir com o plano e ouviu mais uma série de insultos. Depois disso, ela simplesmente não podia mais prosseguir com essa idéia. Minha mãe biológica já estava entrando no segundo trimestre da gestação, quando seria muito mais perigoso e muito mais caro me abortar.

Sou muito grata por minha vida ter sido poupada, mas muitos cristãos bem intencionados me diziam coisas como "olha, Deus realmente quis que você nascesse!" e outros podem dizer "era mesmo pra você estar aqui". Mas eu sei que Deus quer que toda criança tenha a mesma oportunidade de nascer e não posso me conformar e simplesmente dizer "bem, pelo menos a minha vida foi poupada". Ou "eu mereci, veja o que eu fiz com a minha vida". E os outros milhões de crianças não mereciam? Eu não consigo fazer isso. Você consegue? Você consegue simplesmente ficar aí e dizer "pelo menos minha mãe me quis... pelo menos estou vivo..." ou simplesmente "sei lá"? Esse é realmente o tipo de pessoa que você quer ser? De coração frio? Uma aparência de compaixão por fora e coração de pedra e vazio por dentro? Você diz que se importa com os direitos das mulheres, mas não está nem aí pra mim porque eu sou um lembrete de algo que você prefere não encarar e que você detesta que outros se importem? Eu não me encaixo na sua agenda?

Na faculdade de direito eu tinha colegas que me diziam coisas como "se você tivesse sido abortada, não estaria aqui hoje e de qualquer forma não saberia a diferença, então por que se importa?". Acredite ou não, alguns dos principais filósofos pró-aborto usam esse mesmo tipo de argumento: "O feto não sabe o que o atingiu, então não percebe que perdeu a vida". Sendo assim, acho que se você esfaquear alguém pelas costas enquanto ele estiver dormindo, não haverá problema algum, porque ele não saberá o que o atingiu?! Eu explicava aos meus colegas como a mesma lógica deles justificaria que eu "matasse você hoje, porque você não estaria aqui amanhã e não saberia a diferença de qualquer forma. Então, por que se importar?". E eles ficavam com o queixo caído.

É incrível o que um pouco de lógica pode fazer, quando você pára para pensar — que é o que devemos fazer numa faculdade de direito — e considera o que nós realmente estamos falando: há vidas que não estão aqui hoje porque foram abortadas. É como o velho ditado: "Se uma árvore cai na floresta e não há ninguém por perto para ouvir, será que faz barulho?". Olha, faz sim! E se um bebê é abortado e ninguém fica sabendo, tem importância? A resposta é SIM! A vida dele importa. A minha vida importa. A sua vida importa e não deixe ninguém te dizer o contrário!

O mundo é um lugar diferente porque naquela época (antes de 1973 nos EUA) era ilegal a minha mãe me abortar. A sua vida é diferente porque ela não pôde me abortar legalmente e porque você está sentado aqui lendo as minhas palavras hoje! Mas você não tem que atrair platéias pra que a sua vida tenha importância. Há coisas que fazem falta a todos nós aqui hoje por causa das gerações que foram abortadas e isso importa.

Umas das melhores coisas que eu aprendi é que o estuprador NÃO é meu criador, como algumas pessoas queriam que eu acreditasse. Meu valor e identidade não são determinados por eu ser o "resultado de um estupro", mas por ser uma filha de Deus. O Salmo 68, 5-6 declara: "Pai dos órfãos... no seu templo santo Deus habita. Dá o Senhor um lar ao sem-família". E o Salmo 27, 10 nos diz: "Mesmo se pai e mãe me abandonassem, o Senhor me acolheria". Eu sei que não há nenhum estigma em ser adotado. O Novo Testamento nos diz que é no espírito de adoção que nós somos chamados a ser filhos de Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Sendo assim, Ele deve ter pensado na adoção como símbolo do amor dEle por nós!

E o mais importante é que eu aprendi, poderei ensinar aos meus filhos e ensino aos outros que o seu valor não é medido pelas circunstâncias da sua concepção, seus pais, seus irmãos, seu parceiro, sua casa, suas roupas, sua aparência, seu QI, suas notas, seus índices, seu dinheiro, sua profissão, seus sucessos e fracassos ou pelas suas habilidades ou dificuldades. Essas são as mentiras que são perpetuadas na sociedade. De fato, muitos palestrantes motivacionais falam para suas platéias que se elas fizerem algo importante e atingirem certos padrões sociais, então elas também poderão "ser alguém". Mas o fato é que ninguém conseguiria atingir todos esses padrões ridículos e muitas pessoas falhariam. Isso significa que elas não são "alguém" ou que elas são "ninguém"?

A verdade é que você não tem que provar o seu valor a ninguém e se você quiser realmente saber qual é o seu valor, tudo o que precisa fazer é olhar para a Cruz, pois este é o preço que foi pago pela sua vida! Esse é o valor infinito que Deus colocou na sua vida! Para Ele você vale muito e para mim também. Que tal se juntar a mim para também proclamar o valor dos outros com palavras e ações?

Para aqueles que dizem "bem, eu não acredito em Deus e não acredito na Bíblia, então sou a favor da livre escolha de abortar ou não", por favor, leia meu artigo "O direito da criança de não ser injustamente morta – uma abordagem da filosofia do direito". Eu garanto que valerá o seu tempo.

Rebecca Kiessling grávida de 8 meses de sua 3ª filha.
À esquerda sua mãe biológica Joan. Essa foto foi
tirada em 22/07/2007 no dia do aniversário de Rebecca.





Fonte: www.rebeccakiessling.com
http://juliosevero.blogspot.com/2009/01/rebecca-kiessling-conta-sua-histria.html

terça-feira, 3 de março de 2009



SÃO BERNARDO:
E O NOME DA VIRGEM ERA MARIA


Valter de Oliveira

Quando iniciamos o blog explicamos porque escolhemos o nome Claraval e contamos brevemente como foi a entrada de S. Bernardo na Ordem de Cister. Bernardo é também conhecido como cantor da Virgem, tal é a beleza dos textos nos quais ele descreve as maravilhas feitas por Deus em sua Mãe Santíssima. Ou nos quais mostra todo o amor dela por nós. Confesso que quando li o texto abaixo pela primeira vez fiquei profundamente comovido, tanto pelo conteúdo quanto pela beleza da forma. Na medida em que lia parecia-me que estava em Claraval, ao lado de monges cistercienses e como que sentia o olhar límpido de S. Bernardo sobre todos nós. E então parecia-me ouvir aquela voz melodiosa e profunda que nos chamava a meditar em uma frase do evangelho de S. Lucas: E o nome da Virgem era Maria.


“Permiti-me que diga algo em referência a este nome a que se atribui o significado de “Estrela do Mar” e se adapta admiravelmente à Virgem Mãe. Existe realmente uma maravilhosa propriedade nesta sua comparação a uma estrela, pois assim como uma estrela emite os seus raios sem detrimento próprio, também a Virgem concebeu o seu Filho sem prejuízo para a sua integridade. E assim como os raios emitidos não diminuem o brilho da estrela, tampouco a criança nascida manchou a beleza da virgindade de Maria. Ela é, portanto aquela estrela gloriosa que, segundo a profecia, surgiu de Jacob, iluminando toda a terra com um esplendor magnificente que sobe aos céus e alcança o próprio inferno; uma estrela que, derramando a sua luz sobre o universo e comunicando o seu calor mais às almas do que os corpos, fortalece a virtude e extingue o vício. Ela, repito, é aquela estrela resplandecente e brilhante colocada como farol necessário sobre o mar extenso e amplo da vida, cintilando com virtudes, luminosa de exemplos para serem imitados. Oh! quem quer que se aperceba durante esta existência mortal de que flutua em águas traiçoeiras, à mercê dos ventos e das ondas, em vez de caminhar com segurança em terreno sólido, nunca afaste os olhos da luz deste farol, a não ser que deseje submergir-se na tempestade. Quando a tempestade da tentação vos assaltar, quando vos virdes arrastados para os rochedos da tribulação, erguei os olhos para a estrela, chamai por Maria. Quando acometidos pelas vagas do orgulho, da ambição, do ódio ou da inveja, erguei os olhos e chamai por Maria. Se a cólera, a avareza ou o desejo carnal invadirem violentamente a pequena embarcação de vossa alma, erguei os olhos e chamai por Maria. Se, atormentados pela gravidade de vossos pecados, esmagados pelo estado de vossas consciências e aterrorizadas pelo lastimável estado das vossas consciências e aterrorizados pela idéia do julgamento final vos sentirdes prestes a soçobrar no golfo sem fundo da tristeza e ser engolidos pelo abismo negro do desespero, ó, pensai então em Maria! Em perigos, na dúvida, em todas as dificuldades, pensai em Maria, chamai por Maria. Que o seu nome nunca se afaste dos vossos lábios nem permitais que abandone o vosso coração. E, a fim de que possais obter com maior segurança a resposta às vossas preces, nunca deixeis as suas pisadas. Com ela por guia nunca vos extraviareis; enquanto a invocardes nunca perdereis a coragem; desde que ela permaneça no vosso espírito estareis livres de desenganos; enquanto vos segurar na mão não tropeçareis; sob a sua proteção nada tereis a recear; se caminhar à vossa frente nunca vos cansareis; se vos mostrar a sua preferência alcançareis o vosso fim. Conhecereis assim a verdade do que está escrito:

E O NOME DA VIRGEM ERA MARIA.

(Luc., 1,27)



Que a Virgem, Vida, Doçura e Esperança nossa, ajude a cada um de nós, nesta Quaresma, a seguir com serenidade e alegria o caminho de seu Divino Filho.